Pião giroscópico
O giroscópio é mais uma invenção de Jean Léon Foucault (1819-1868), notável físico do séc. XIX a quem se deve a determinação da velocidade da luz e uma célebre experiência com um pêndulo de longo comprimento, que ficou desde então conhecido por pêndulo de Foucault, com o qual claramente demonstrou, pela primeira vez, o movimento da rotação da Terra. Foucault concebe depois, ainda para demonstrar ou provar o mesmo movimento, o giroscópio. É como a materialização das trajectórias circulares de infinitos pêndulos com um plano comum e oscilando em torno de um eixo perpendicular e esse plano, formarão um anel que roda em torno de um eixo perpendicular ao seu plano e que enquanto roda mantem esse eixo sempre paralelo a si próprio.
Aplica-se o termo giroscópio geralmente a um sistema em forma de anel, montado de maneira que pode rodar em qualquer sentido em torno do seu centro de gravidade. Um corpo giroscópio possui duas propriedades fundamentais: a rigidez no espaço, também designada inércia giroscópica, e a precessão ou inclinação do eixo de rotação, a qual se mantém sempre paralela a si própria, tal como o eixo de rotação da Terra, que se conserva paralelo a si mesmo durante o movimento da Terra em torno do Sol. Estas propriedades são inerentes a qualquer corpo que rode.
Este instrumento foi adquirido por António dos Santos Viegas, na Exposição Internacional do Porto, realizada em 1865. Santos Viegas salientou-se, entre outros cargos, por ter sido director do Gabinete de Física durante 32 anos, e Reitor da Universidade de Coimbra em 3 períodos distintos.
Pião giroscópico ou pião de Fessel
FIS.0004