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Baleia-comum
A baleia-comum, de nome científico Balaenoptera physalus (Linnaeus, 1758), é o segundo maior animal vivo no planeta, depois da baleia-azul.
Pertence ao grupo dos cetáceos (do grego ketos que significa monstro marinho), ou seja, são mamíferos marinhos que vivem toda a sua vida em ambiente aquático, ao contrário, por exemplo, das focas e leões marinhos.
Estão muito bem-adaptados à vida marinha. Os seus corpos alongados e fusiformes, tornam a baleia-comum num dos mamíferos marinhos mais rápidos, podendo atingir uma velocidade de cerca de 40 km/h. Também a comunicação – essencial para os cetáceos – tira partido da água para a transmissão dos sons. O reportório é vasto, utilizando diversas frequências (altas e baixas), a maioria fora do alcance auditivo dos seres humanos.
A baleia–comum é uma espécie cosmopolita, habitando em todos os oceanos. Embora tenha tendência em concentrar-se em águas costeiras e pouco profundas, pode também ser avistada em oceano aberto e mais profundo. É uma espécie migratória, que se alimenta em águas frias a maiores latitudes, regressando posteriormente a águas mais temperadas para acasalar ou dar à luz.
Estes animais alimentam-se por filtração de pequenos organismos. Para tal, as baleias procuram uma boa área de alimentação, onde a água esteja repleta de krill (animais microscópicos, do grupo dos crustáceos). Nadam em direção ao alimento com a boca bem aberta, abocanhando enormes quantidades de água, que fazem expandir as suas estrias gulares. Com um movimento de contração, as baleiam forçam a água a sair pelas barbas, onde estas por sua vez filtram o alimento (krill) contido na água.
O futuro das baleias está aos poucos a ser salvaguardado através de proibições internacionais à sua caça e pela constituição de reservas marinhas. No entanto, estes esforços ainda são insuficientes pelo que esta espécie mantém o estatuto de vulnerável da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza).
Quais são as principais ameaças? Colisões com navios e capturas acidentais em redes de pesca; alterações climáticas e perda de alimento; poluição marinha, desde derrames de petróleo a contaminantes como metais pesados; poluição sonora, que impede a comunicação destes cetáceos, influenciando o acasalamento e reduzindo a taxa de natalidade.
O que podemos fazer? É necessário aumentar a literacia sobre o Oceano, passar palavra sobre a importância dos ambientes marinhos e das espécies que nele habitam. Adquirido esse conhecimento, é preciso passar da palavra à ação, gestos de todos os dias que levem à proteção efetiva do nosso Oceano.