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"Electricidade Animal"
O fisiologista italiano, Luigi Galvani, observou em 1786 a contracção acidental das pernas de uma rã dissecada ao tocar num nervo com um bisturi de aço. Observou também algumas faíscas numa máquina eléctrica próxima. Realizou um conjunto de experiências sobre as forças eléctricas nos músculos em movimento que o conduziram à teoria da “electricidade animal”. Defendeu que o cérebro segregava um fluido eléctrico, que era conduzido pelos nervos e armazenado nos músculos. Publicou em Bolonha em 1791, um importante ensaio sobre este tema, “Comentários sobre os efeitos da electricidade no movimento muscular”, onde afirmava que a “electricidade animal” desempenhava um papel importante no funcionamento muscular.Inicialmente recebida com entusiasmo, a teoria de Galvani foi pouco tempo depois criticada por Alessandro Volta quanto à interpretação dos resultados experimentais. Após vários anos de discussão Volta acabou por rejeitar a teoria da “electricidade animal”. Demonstrou que a manifestação eléctrica resultava do contacto de metais diferentes alternadamente separados por uma solução salina, introduzindo a “teoria do contacto”.
Volta estava convicto que as experiências de Galvani demonstravam que a electricidade podia ser um estímulo poderoso para os músculos e nervos, mas não provava que os músculos se contraíam devido a uma electricidade intrínseca do próprio corpo.